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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Biguá





O biguá (Phalacrocorax brasilianus) é uma ave pelecaniforme da família Phalacrocoracidae. Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d'água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d'água. Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre as penas e dificulta os mergulhos. Para secá-las é comum vê-los pousados com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d'água, em formação em “V”. Quando voam se assemelham a patos, sendo às vezes considerados como tais equivocadamente. 
Também são conhecidas pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d'água. Por ser inteiramente negro, recebe o nome comum, também , de corvo-marinho.

Características

É uma ave de cor preta em plumagem adulta e marrom-escura em juvenil. Atinge até 75 cm de comprimento e peso em torno de 1,3kg; possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho

biguá adulto

biguá jovem

Alimentação

Alimenta-se de peixes e crustáceos. Para capturar sua presa, mergulha a partir da superfície da água e, submerso, persegue-a. Os pés e o bico possuem função primordial na perseguição e captura.
Um exímio mergulhador, não se contenta com os peixes da superfície. Mergulha mar abaixo e em meio a ziguezagues, viravoltas consegue abocanhar sua presa.

biguá se alimentando

Reprodução

Nidifica sobre árvores em matas alagadas, às vezes entre colônias de garças. Ovos de coloração azul-claro. Incubação em torno de 24 dias.

Casal de biguá

Ninho de biguá

Hábitos

Vive em lagos, grandes rios e estuários. Devido as fezes serem ácidas, podem danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar.

Bando de biguá

Distribuição Geográfica

Sua distribuição geográfica extende-se do sudeste do Arizona (EUA) à Terra do Fogo, extremidade austral da América do Sul (A.O.U 1998) (SICK 1997).

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Urubu rei






Urubu-rei (Sarcoramphus papa) é uma ave da família Cathartidae. Habitante de zonas tropicais a semi-tropicais, desde o México à República da Argentina, e em todo o Brasil, onde sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra. Possui uma envergadura de 2 metros e peso que oscila de 3 a 5 kg, medindo cerca de 85 cm de comprimento. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar. Também é conhecido como corvo-branco, urubu-real, urubu-branco, urubutinga, urubu-rubixá e iriburubixá.

Características

Sarcorhanphus papa.jpg
O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande, e sendo capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo; como é um urubu sociável frequenta carniça com outros urubus e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem, quando ele não encontra a carniça espera que outros urubus achem-na, para então ele se alimentar, essas espécies que o acompanham na alimentação ficam afastadas, devido ao seu tamanho, dando a ele o aspecto de ser o rei entre elas;[5] essas espécies nunca disputam alimento com ele, esperam respeitosamente que ele se satisfaça para então comer o que sobra.
Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies, possui 85 cm de comprimento, pesando aproximadamente 3kg, podendo chegar a 5kg, mas é bastante pequeno quando comparado a outros rapinantes. Sua envergadura varia de 1,70 m a 2,00 m. De narinas vazadas, tem pernas cinza e garras longas e grossas, possui uma crista carnuda e laranja, pendente no macho. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. [6] A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol.
Raramente ele voa mais alto que 400 metros e podendo enxergar uma presa de 30 centímetros no solo, mas prefere animais grandes. Destaca-se dos outros urubus pelo desenho branco e preto da asa e pela cauda muito curta, o que lhe dá uma aparência arredondada em vôo. Quando está sobrevoando uma área, chama a atenção o contraste entre o negro da cauda e asas com o corpo todo branco do adulto. Para diferenciá-lo do Cabeça-seca a grande altura, observe que a cabeça e pescoço são pequenos e pouco notáveis, bem como os pés não aparecem depois da cauda.
Ao contrário dos outros urubus, é todo negro até o sexto mês de idade. A partir daí, começa a adquirir plumagem branca amarelada do corpo; só às penas da cauda e as longas penas da asa continuam negras. É um processo de até 4 anos de duração. O pescoço é todo colorido, alaranjado ou vermelho. Essas cores fazem um intenso contraste com o olho branco, cor já exibida pela ave juvenil. O urubu-rei não possui muitas diferenças sexuais, o macho é levemente maior do que a fêmea. Ao nascer, está coberto com uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida.

[editar]Alimentação

Pivoting king vulture.jpg
Sua dieta é estritamente carnívora, mas nunca se alimenta de animais vivos, salvo se estiver faminto e a presa estiver agonizando. Como consumidores de carne em putrefação desempenham importante papel saneador, eliminando matérias orgânicas em decomposição. São imunes, aparentemente, aobotulismo. O suco gástrico dos urubus é bioquimicamente tão ativo que neutraliza as toxinas cadavéricas e bactérias, eliminando perigos posteriores de infecção. Quando são alimentados em cativeiro com carne fresca, são limpos e sem mau cheiro. Assim que avista uma carcaça, mergulha rapidamente em direção ao solo e pousa nas proximidades. Por mais fome que tenha, espera cautelosamente durante uma hora. Então, convencido de que não há nenhum perigo, come até mal poder se mover. De barriga cheia, exala um cheiro forte, repugnante.  E é exatamente durante a alimentação que ele, normalmente de hábitos solitários, é visto com outras aves de rapina, principalmente urubus pretos (que mantêm distância respeitosa). Aparentemente, espera que os outros urubus encontrem a carniça através do cheiro ou da visão. Quando as espécies menores estão pousando para alimentar-se, esse comportamento denuncia a presença de carniça e o urubu-rei aproveita-se disso para chegar à fonte de alimentação. Em geral, um ou dois adultos, eventualmente algumas aves juvenis, estão em uma carniça. Isso parece indicar a existência de território, onde as aves adultas evitam a presença de outros urubus-rei. Em algumas carcaças grandes, é possível se observar mais adultos. Mesmo com outros da sua espécie, só se encontra nestas ocasiões ou, claro, em época reprodutiva.

[editar]Reprodução


Urubu-rei voando (em Piaui).
Na estação de reprodução que vai de julho a dezembro, o macho corteja a fêmea empoleirado ou no solo, abre e fecha as asas e exibe a vértice vivamente colorido, abaixando a cabeça. O casal escolhe um local sem muito capricho, no chão da mata ou no meio de pedras, ou em morros. No último caso simplesmente aproveita um ninho já existente, para fazer a postura dos ovos que são em número de 1 a 2, mas com cobertura vegetal densa. A incubação é longa durando de 53 a 58 dias. Enquanto a fêmea choca os ovos, o macho sai a procura de alimento para ambos. O casal pode se revezar na incubação. Quando o filhote está nascendo, a fêmea ajuda a tirar a casca do ovo delicadamente, e quando finalmente o animal sai do ovo possui uma fina penugem branca, mantida nas primeiras semanas de vida, e com o passar dos dias seu aspecto lembra uma bola de algodão. Logo é alimentado pelos pais comregurgito. Atinge a maturidade sexual aos 3 anos, quando já pode apresentam coloração típica.

[editar]Comportamento

Koenigsgeier-06.jpg
Ave diurna, pousa nas árvores mais altas da mata, onde costuma dormir. Passar a noite empoleirada em um galho, sempre no mesmo lugar, o urubu rei levanta voo quando o sol nasce e plana acima do topo das árvores. Circula bem alto. Locomove-se no solo a custa de longos pulos elásticos as pernas são relativamente longas. Para a termorregulação abre as asas e defeca sobre as pernas. É visto normalmente voando bastante alto, sozinho ou aos pares, raramente em grupos de vários indivíduos. É visto com outros urubus na alimentação, onde tem hábito solidário. Quando estão com a cabeça abaixada e um pouco inclinada estão desconfiados e observam algo com atenção. Esta mesma posição da cabeça abaixada e um pouco inclinada é usada, pelo macho no cortejo do acasalamento. Quando incomodados vomitam e sopram fortemente para afastar um intruso, característica também feita pelos filhotes, quando o intruso se aproxima o urubu-rei defende-se com as garras e, principalmente, com seu poderoso bico.

[editar]Outras informações


Urubu-Rei acolhido noZoologischer Garten Berlin.
É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu. Possui uma distribuição abrangente, que vai de toda a América Latina até ao sul do México. Habita florestas, mas principalmente áreas de Cerrado. Embora presente em todo a República Federativa do Brasil, é mais comum nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Encontrado também do México à Colômbia, Bolívia, Peru, norte da Argentina e Uruguai. Habita regiões de florestas com clareiras (campos, pastagens) distantes de centros urbanos, nunca é encontrado em regiões desérticas.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jacu cigano



 

O jacu-cigano ou cigana (Opisthocomus hoazin) é uma ave nativa da zona Norte da América do Sul. O seu habitat são as zonas pantanosas e alagadas das bacias hidrográficas do Amazonas e Orinoco. A cigana é a única espécie da família Opisthocomidae, género Opisthocomus. Também é conhecido pelo nome de cigana.



Características gerais

A cigana é uma ave de estatura semelhante ao faisão, com 60 a 66 cm de comprimento, cauda e pescoço longos. A pele das faces é de cor azul, os olhos são vermelhos e a cabeça pequena termina numa crista de penas avermelhadas. A plumagem é castanho-claro, a cauda é bronze-esverdeada e termina numa banda branca.
A alimentação é herbívora e baseia-se em folhas de plantas leguminosas típicas do seu habitat, por vezes suplementada por frutos e flores. Este género de alimentação folívora é suportado por um sistema digestivo único na classe Aves, caracterizado pela presença de bactérias simbiontes no papo, que ajudam à decomposição da celulose das folhas ingeridas. Os juvenis são alimentados à base de secrecções esofágicas e material regurgitado, rico nestas bactérias.

Reprodução e comportamento

A época de reprodução das ciganas coincide com a época das chuvas do seu habitat. Neste período, o casal constrói um ninho em ramos de árvores perto das margens dos rios, lagos ou pântanos, num território bem definido e protegido de invasores através de vocalizações ruidosas. Cada postura contém 2 a 3 ovos, incubados por ambos os progenitores durante cerca de 32 dias. As crias chocam sem penas e totalmente dependentes dos cuidados parentais durante pelo menos um mês.
A principal característica dos juvenis da cigana é um par de garras funcionais na ponta das asas, entre o primeiro e segundo dedos, que se perde na passagem à maturidade. Esta estrutura incomum é utilizada como forma de protecção contra predadores. Se ameaçadas por macacos ou cobras, os juvenis usam as garras para trepar pelas árvores e fugir do perigo. Outra estratégia consiste em atirarem-se para dentro de água e nadar para a segurança da margem, regressando depois ao ninho trepando com a ajuda das garras. Depois de se tornarem independentes, os juvenis podem permanecer no territórios dos progenitores por alguns anos, ajudando a criar as ninhadas seguintes e a proteger o território. A maturidade sexual é atingida depois do primeiro ano de vida.
As ciganas são voadoras pouco eficientes, que preferem circular empoleiradas nos ramos das árvores. A falta de capacidade de voo é aparentemente consequência do tamanho relativamente grande do papo, que perturba a distribuição muscular dos músculos de voo.

Taxonomia e conservação

Desde a sua descrição, em 1776, que a classificação das ciganas é fonte de polêmica na comunidade ornitológica. A espécie já foi considerada como pertencente aos Galliformes, depois Cuculiformes e actualmente o Congresso Ornitológico Internacional classifica-a numa ordem própria – os Opisthocomiformes (a taxonomia de Sibley-Ahlquist, baseada em estudos de DNA, considera as ciganas como membro basal da ordem Cuculiformes).
A cigana não é uma espécie ameaçada de extinção, mas a caça excessiva e degradação de habitats podem vir a ser problemas no futuro.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bem-te-vi




O bem-te-vi  ou grande-kiskadi  é uma ave passeriforme da família dos tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras acepções existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido como bichofeo, vinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e de qu'est -ce na  Guiana Francesa.
Os únicos representantes do género Pitangus eram o bem-te-vi e a espécie Pitangus lictor, porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie Pitangus lictor agora é sinonímia da atual Philohydor lictor, o bem-te-vizinho.
A escrita bentevi não é reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Medindo cerca de 23,5 cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.


Morfologia

Bem-Te-Vi.jpg
Constitui em uma ave de médio porte, medindo entre de 22 e 25 cm de comprimento para aproximadamente 60 gramas. Tem uma coloração parda no dorso; amarela viva na barriga; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca.


Onde é encontrado

É uma ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km². Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzida nas Bermudas em 1957, importadas de Trinidad, e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.
É um habitante bem conhecido em todas as regiões brasileiras, podendo ser encontrado em cidades, matas e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de adaptação.
É uma das aves mais populares no Brasil. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão.

Lista de países e locais onde pode ser encontrado
ArgentinaBelizeBermudasBolíviaBrasilChile
ColômbiaCosta RicaEquadorEl SalvadorIlhas MalvinasGuiana Francesa
GuatemalaGuianaHondurasMéxicoNicaráguaPanamá
ParaguaiPeruGeórgia do SulSanduíche do SulSurinameTrinidad e Tobago
Estados UnidosUruguaiVenezuela



Canto


O seu canto trissilábico característico enuncia as sílabas BEM-te-VI, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopéica. Seu canto pode ser também dissilábico, emitindo um BI-HÍA ou ainda monossilábico, quando escutamos um TCHÍA.

Os cantos têm sonoridades diferentes consoante o local. É uma das razões de serem utilizados vários nomes comuns para esta espécie.


Reprodução


Constrói o ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios. Seu ninho tem uma forma de esfera com a entrada na parte superior, medindo cerca de 25 cm de diâmetro, geralmente é construído no topo de árvores altas, na forquilha de um galho, mas é muito comum também vê-lo nas cavidades dos geradores de postes, podendo ficar entre 3 e 12 m do solo. Põe cerca de quatro ovos brancos e alongados. Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.
São aves monogâmicas e quando da nidificação o território circundante ao ninho é defendido vigorosamente, podendo vir a ser agressivo com outros pássaros e até mesmo outros animais ao se sentir ameaçado. Por esta razão que faz parte da família dos tiranídeos (de tirano). É comum vê-los dando rasantes em aves de rapina (principalmente gaviões) que entram no seu território.


Alimentação


Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros passarinhos, flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e equinos. Atrapalha a apicultura por ser predador de abelhas. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo. Atacam também ninhos de outras aves, como acambacica.
Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes poderá ajudar a controlar pragas de insectos, como por exemplo, sabe-se que esta ave se alimenta de répteis do género Anolis. Estes répteis, por sua vez, alimentam-se de escaravelhos predadores de insectos. A ave, ao fazer diminuir o número de répteis, fará com que sobrevivam mais escaravelhos, que aumentando o seu número, poderão controlar (diminuir) o número das suas presas (neste caso, insectos, que poderão em certas circunstâncias serem consideradas pragas, prejudicando as actividades humanas).
Como é uma ave de hábitos que se adaptam muito rapidamente pode, também, se alimentar da ração de cachorros, gatos, e outros animais de estimação.


Ecologia

Tem um importante papel na dispersão de sementes. Em áreas de cerrado do estado de São Paulo, é uma das aves mais importante na dispersão de sementes da espécie Ocotea pulchella Mart.
Em certas regiões poderá ser migratória.
Segundo a Lista Vermelha de Espécies ameaçadas da IUCN, esta ave tem um estado de conservação de Segura ou pouco preocupante (Least Concern) . A população mundial está estimada em 5.000.000 a 50.000.000 indivíduos (Rich et al. 2003).