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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Falcão críptico


O falcão-críptico é uma ave falconiforme da família Falconidae. Espécie Recentemente descoberta (Whittaker, 2002) do gênero Micrastur (falcões florestais). O descobrimento inicial do novo falcão foi capacitada pela sua distinta voz, notavelmente diferente de qualquer um dos congêneres. Foi descrita formalmente pela primeira vez pelo ornitólogo inglês Andrew Whittaker. O autor da nota ouviu um canto incomum quando observava a ornitofauna em Caxiuanã, no estado do Pará (Brasil). Também chamado falcão-da-amazônia.

Características

Este falcão possui aproximadamente 25 cm de comprimento, os indivíduos adultos se diferem dos outros Micrastur, pois além da vocalização diferenciada o falcão-críptico possue uma mancha branca central larga na cauda. Os subadultos (juvenis) possuem duas bandas largas esbranquiçadas. A plumagem da nuca e da coroa são escuras. O bico é curto, afiado e recurvado.

Alimentação

Alimenta-se principalmente de lagartos que captura nas árvores utilizando o poderoso bico afiado.

Reprodução

Sabe-se que nidifica no alto das árvores.

Hábitos

Poucas informações se tem desta ave já que foi recentemente descoberta. Este falcão é raramente visto devido ao habitat remoto em que vive, além de ser uma ave muito arisca. Fica boa parte do tempo empoleirado entre a vegetação cantando. Pelo fato de ser bastante arisco, foge de qualquer barulho para árvores inacessíveis na mata.

Distribuição Geográfica

Este gavião evasivo habita nas matas de terra firme úmida do sudeste da Amazônia, e com uma população disjunta existindo na mata Atlântica do leste do Brasil (o último conhecimento somente através de espécimes históricas) e merece grande interesse de conservação.

Anas (marreca)




As aves do gênero Anas são da ordem dos Anseriformes da família Anatidae. No Brasil ocorrem basicamente no sul, com algumas exceções.
Caracterizam-se por ocupar ambientes aquáticas e sofrem muito, até mesmo em redução de população com a degradação desse meio.


Anas acuta - arrabio




O arrabio é um pato grande, embora apresente uma figura mais leve e esguia. A sua forma característica – pescoço comprido; bico pequeno e estreito; uma cabeça pequena de cor castanho-chocolate, com uma longa lista branca, que se estende do pescoço até ao ventre – identificam-no facilmente, tanto pousado como em voo. A fêmea, semelhante à de outros patos de superfície, apresenta pormenores – cauda mais comprida e pontiaguda; bico cinzento-escuro, curto e estreito; plumagem castanha finamente desenhada – que uma observação cuidada permite identificar entre as outras espécies.
O habitat desta ave varia um pouco consoante a época do ano, podendo-se observar tanto em charcos de terras altas, pântanos de terras baixas, poças e lagoas como também em estuários abrigados, terras inundadas e lagos próximos.
Visitante excepcional do Hemisfério Norte, a espécie foi registrada em dezembro de 1988 quando oito indivíduos, em plumagem de eclipse, foram encontrados no Arquipélago de Fernando de Noronha, possivelemente oriundos da costa africana. Aparecem excepcionalmente também no Rio de Janeiro.


Anas bahamensis - marreca-toicinho



A marreca-toicinho é facilmente reconhecível pelos lados da cabeça brancos assim como na garganta, pelo canela da cauda pontiaguda e da borda posterior da asa (tanto no macho como na fêmea) e pelo bico azul e base vermelha. Fêmea semelhante ao macho, sendo mais franzina e com a mancha vermelha do bico e o branco das bochechas menos berrante.
Habita os mangues, pequenos lagos e lagoas salinas ou salobras. Incomum em água doce.
Ocorre das Antilhas ao Chile e Argentina, no Brasil ocorre em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.








A marreca-colorada apresenta coloração café claro com estrias pretas. É uma ave muito rústica e resistente. Sua característica física é alterada com a idade e sexo. Mede 45 centímetros.
Ocorre na região sul do Brasil.


Anas discors - marreca-de-asa-azul

A marreca-de-asa-azul mede 38 cm de comprimento. Tem porte avantajado, cabeça grande, sendo a base vermelha no macho e cinza na fêmea. Cabeça e pescoço negros no macho; já as fêmeas são pardacenta-escuras. Tem habilidade de voar. Difere de outros congêneres pelo bico preto e pelas marcas brancas conspícuas na face, especialmente nos machos, porém restritas à base do bico nas fêmeas ou nos machos em plumagem de eclipse. Em voo, exibem espelhoa alares verdes e brancos e as coberteiras das asas em tons cerúleos.
É uma espécie migratória, que se reproduz no Rio Grande do Sul.
Pode aparecer em águas interiores, manguezais, arrozais e pantanais.
Visitante setentrional proveniente da América do Norte, migra entre fevereiro e agosto chegando até o Rio Grande do Sul (em novembro) e Argentina.

A marreca-pardinha mede cerca de 41,5 cm de comprimento, possuindo o corpo pintalgado de marrom, dorso mais escuro, peito salpicado, vértice anegrado, cauda curta e bico azul-acinzentado com base amarelada. Em voo, revela um grande espelho alar branco, verde e ocre, compondo três faixas distintas.
Vivem aos pares ou em pequenos grupos em lagos grandes de águas abertas, estuários de rios e em lagoas interioranas.
É uma espécie de marreca da região meridional da América do Sul. Entre a primavera e o verão, chegam ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina, e no inverno, alcançam o Paraná, o sudeste de São Paulo e o Rio de Janeiro.


A marreca-parda mede 60 cm de comprimento, pesa 550 gramas. Recebeu esse nome em função da coloração parda com manchas escuras que possui. Listras brancas e espaçadas sobre um fundo preto esverdeado na parte inferior da asa, bico amarelo esverdeado com uma banda preta no centro e pés cinzentos, são as suas características. Também tem o costume de andar em bandos. Em sua pluamgem, recorda a marreca-pardinha, mas difere desta pela cauda longa e pontiaguda e por ser maior.
Ocorre em lagoas, banhados, varjões, arrozais e áreas irrigadas.
De acordo com SICK (1997) a marreca-parda(Anas georgica Gmelin 1789) (Anatidae) ocorre desde a Terra do Fogo ao estado de São Paulo e, pelos Andes, até a Colômbia. BELTON (1994) afirma que Anas georgica é uma espécie residente comum no estado do Rio Grande do Sul (ver também BENCKE 2001) 2001) e distribui-se em lagos, açudes e banhados em todo o litoral, na maior parte da porção central e nordeste do Planalto e nos Campos de Cima da Serra. No entanto, de acordo com ANTAS et al. (1996) a população da marreca-parda passa por um período aparente de diminuição do tamanho populacional ou de redução da migração ao sul do Brasil, tornando-se necessárias ações urgentes para a identificação das causas e providências à reversão da atual situação.

Anas platalea - marreca-colhereira

A marreca-colhereira mede 53 cm de comprimento, pesando entre 500 e 600 gramas. O bico é a principal característica da espécie, largo (6 cm), alto e de coloração negra. Apresenta cabeça e pescoço claros, com coloração castanho-acanelada na parte superior das asas. O dorso, o peito e os flancos são densamente manchados de negro. A íris é branca no macho e escura na fêmea.
Vive em lagos, lagunas e estuários de água doce, bem como em estuários salobres e da costa marinha até os 3.500 m de altitude.

É uma espécie endêmica da América do Sul. Sua distribuição geográfica compreende Brasil, Paraguai, Bolívia, Chile, Uruguai e Argentina até o Estreito de Magalhães.

A marreca-oveira vive em lagos, lagoas, pântanos e rios de baixa correnteza. Prefere as águas profunas na maior parte do tempo. Ocupa habitats desde o nível do mar até 1.200 metros de altitude.
É espécie endêmica da América do Sul, encontrado do centro-sul da Argentina e Chile, até a Terra do Fogo. No inverno, migra em direção ao norte, alcançando Uruguai, Paraguai e sul do Brasil. Também está presente nas Ilhas Malvinas.

A marreca-cricri chega a medir até 40 cm de comprimento, com plumagem castanha, carijó, com capuz negro, flancos estriados de alvinegro e bico azul com base amarela.
Vive em lagoas, banhados e pântanos.
Ocorre nos países do Sul da América do Sul, durante o inverno migra até o Rio de Janeiro.

Uirapuru




Uirapuru é a designação comum a diversas aves florestais das subfamílias Troglodytinae ePiprinae, especialmente aquelas do gênero Pipra, de plumagem colorida, geralmente uma combinação de preto com vermelho, laranja ou branco. O termo é proveniente da língua Tupi-guarani"wirapu 'ru", e pode ser chamado também por arapuru, guirapuru, rendeira, tangará ou virapuru.
É um pássaro ativo que se locomove muito rapidamente. Alimenta-se de frutas e, principalmente de pequenos insetos. Tem os pés grandes, plumagem pardo-avermelhada, laranja entre outras. Vive em meio a floresta úmida, nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, e encontra-se em quase toda região amazônica brasileira. O seu canto mavioso é longo e melodioso parecido com uma flauta e só é ouvido ao amanhecer, enquanto constroi o ninho para atrair a fêmea, durante uns 15 dias por ano.
O "uirapuru-laranja" ou "dançador-laranja" (Pipra fasciicauda) é um dos mais bonitos da subfamília Piprinae, porém o mais famoso é o uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus aradus), o qual tem o cantoconsiderado mais belo entre todos, que pertence a subfamília Troglodytinae.
Na Cidade de Manaus e em algumas regiões do Norte do Brasil a população acredita que levar o uirapuru empalhado consigo traz sorte na vida e no amor, uma das causas pela qual o pássaro está ameaçado de extinção, embora ele não seja fácil de ser encontrado.

Aparência

Existem várias aves da mesma família e do gênero Pipra que são até chamadas de uirapurus. Mas, esse de quem nós vamos falar é o Uirapuru Verdadeiro.
É um pássaro pequeno (10 cms) e suas penas são entre o avermelhado e o marrom claro. Tem um bico forte, pés grandes e manchas brancas na cabeça.
Veja só como as aparências enganam... um pássaro tão simples, com um jeitinho comum, que canta de maneira maravilhosa. Pois é, o canto do uirapuru é tão famoso que ele é chamado de músico da mata ou de corneta.

Onde vive?

No Brasil, em toda região amazônica, menos no alto do rio Negro e a leste do rio Tapajós.
Seus locais preferidos são sempre em terra firme nas florestas úmidas.

Alimentação

Eles gostam de comer frutas mas também comem insetos e aranhas. É um bicho esperto, porque quando as formigas saem dos formigueiros fazendo uma correição, (quando sai uma fileira de formigas correndo e espantando todos os insetos no caminho), o uirapuru vai atrás delas, porque sabe que vai dar para fazer um banquete com os insetos que elas desentocam.

Hábitos

O uirapuru gosta viver nas partes baixas das árvores, no meio da folhagem. É agitado e anda sozinho ou acompanhado do seu par. Ele as vezes pode estar acompanhando outras espécies de pássaros só porque fica mais fácil arranjar comida.

Reprodução

O uirapuru é muito discreto para construir sua casa, ou melhor, fazer o seu ninho. Eles procuram escondê-lo entre as folhagens e constroem o ninho com raízes e folhas. O tão famoso canto do uirapuru, só acontece na época em que constrói o ninho, entre os meses de outubro e novembro. Na verdade, o canto é lindo, parece uma flauta e você poderá ouvi-lo na Internet, procure no final do livro nossas ligações externas. Tanto o macho como a fêmea cantam, mas o macho canta melhor, o canto dura entre cinco e dez minutos em geral ao amanhecer e ao entardecer. Contam que quando o uirapuru canta, todos os outros pássaros da mata silenciam, para ouvir o seu canto maravilhoso.

Predadores

Esse pássaro está sofrendo com o desmatamento causado pelo homem.

A lenda do Uirapuru é a lenda de um pássaro especial,pois dizem que ele é mágico, quem o encontra pode ter um desejo especial realizado.
O Uirapuru é um símbolo de felididade.
Diz a lenda que um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique.
Por se tratar de um amor proibido não poderia se aproximar dela. Sendo assim, pediu ao deus Tupã que o transformasse em um pássaro.
Tupã transformou o em um pássaro vermelho telha, com um lindo canto.
O cacique foi quem logo observou o canto maravilhoso daquele pássaro.Ficou tão fascinado que passou a perseguir o pássaro para aprisoná-lo e ter seu canto só para ele.
Na ânsia de capturar o pássaro, o cacique se perdeu na floresta.
Todas as noites o Uirapuru canta para a sua amada.Tem esperança que um dia ela descubra o seu canto e saiba que ele é o jovem guerreiro.

domingo, 24 de julho de 2011

Azulão

Macho  Macho


Fêmea  Fêmea


O azulão (Cyanocompsa brissonii) é uma ave passeriforme da família Fringillidae. Também é conhecida pelos nomes de azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, guarundi-azul, gurandi-azul, gurundi-azul e tiatã.


Caracterização

O azulão mede aproximadamente 15 cm de comprimento. O macho possui plumagem totalmente azul-escura quando adulto, com a fronte, sobrancelhas e coberteiras superiores das asas azuis-brilhantes. A fêmea e os imaturos são marrons-pardos.
Está ave é territorialista, não sendo possível vê-las em bando. Caso exista um casal em certa localização, só será possível encontrar outro casal em uma certa distância. Os filhotes de azulão ficam com seus pais até um certo tempo, depois já partem para uma vida "independente", pois o instinto territorialista do azulão não o deixará ficar por perto após estar na fase adulta, assim, o filhote terá que achar seu próprio território e sua parceria para acasalamento. Se um macho invade o território de outro, com certeza haverá um conflito, e será bem violento, por isso existe um certo respeito entre as aves e seus territórios, mas sempre há aquele mais valente que por território ou por uma fêmea entrará em conflito e conquistará o desejado.


Distribuição e habitat

Esta ave é encontrada na beira de pântanos, matas secundárias e plantações, do Nordeste e Brasil central ao estado do Rio Grande do Sul, bem como naBolívia, Paraguai e Argentina e também no norte da Venezuela e Colômbia. Existem algumas diferenças entre espécies de regiões diferentes.

Alimentação

Sua alimentação é bem variada, sobretudo de sementes, frutas e insetos.

Reprodução

O azulão se reproduz entre setembro e fevereiro, constrói seu ninho não muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias após a fêmea botar os ovos.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bicudo



Habita pastos alagados, veredas com arbustos, bordas de capões de mata, brejos, beiras de rios e lagos, aparentemente em locais próximos à água, principalmente onde haja o capim-navalha (Hypolytrum pungens), navalha-de-macaco (Hypolytrum schraerianum) ou a tiririca (Cyperus rotundus) seus alimentos básicos na natureza. Aprecia ainda o arroz, o que colabora muito para o seu desaparecimento, vitimado por agrotóxicos. Devido a apreciação de seu canto para torneios, é alvo de traficantes de animais, o que faz seu status de preservação ser CR(Crítico) de acordo com o IBAMA.

Características

Mede 15,0 cm de comprimento. Quando adultos os machos apresentam coloração preta, com uma mancha branca na parte externa das asas. A parte inferior das asas apresenta nuances de branco. Seu bico é branco ou manchado na maioria dos bicudos. Os da subespécie Astrirostris apresentam seu bico totalmente preto. As fêmeas e os filhotes apresentam coloração parda, em tons de castanho.
Seu canto lembra o som de uma flauta. Quanto ao canto e a cor do bico, ocorrem variações regionais e individuais.
Os filhotes machos começam a adquirir a plumagem de adulto por volta dos 12 meses de idade.



Reprodução

O ninho é bem cuidado e fechado,internamente revestido de raízes delicadas.
As posturas são de 2 a 3 ovos e o período de incubação variando de 13 a 15 dias. A estação reprodutiva vai de outubro a março e um casal pode tirar até três ninhadas no período.

Hábitos

É uma espécie rara. Vive em pares bastante espalhados. Prefere regiões de clima quente, com temperatura acima de 25°.
Durante a maior parte do ano são encontrados aos casais. Territorialista por essência, demarca para si uma área circular com cerca de cem metros de raio, que defende contra todos os intrusos. As disputas por território e pela simpatia das fêmeas apresentam forma de desafio de canto, dificilmente chegando à agressão física.
Toma postura ereta ao cantar, com o peito empinado e a cauda abaixada, destacando sua valentia e disposição para disputas territoriais.



Distribuição Geográfica

Presente no Amapá, leste e sudeste do Pará, Maranhão e Rondônia e, localmente, no Nordeste e Centro-oeste do País, de Alagoas ao Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, estendendo-se para oeste até Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. Encontrado localmente também da Nicarágua ao Panamá e em todos os demais países amazônicos, com exceção do Suriname.

Alimentação

Granívoro, aprecia principalmente as sementes de capim-navalha (Hypolytrum pungens), navalha-de-macaco (Hypolytrum schraerianum) e tiririca (Cyperus rotundus).