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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Anas (marreca)




As aves do gênero Anas são da ordem dos Anseriformes da família Anatidae. No Brasil ocorrem basicamente no sul, com algumas exceções.
Caracterizam-se por ocupar ambientes aquáticas e sofrem muito, até mesmo em redução de população com a degradação desse meio.


Anas acuta - arrabio




O arrabio é um pato grande, embora apresente uma figura mais leve e esguia. A sua forma característica – pescoço comprido; bico pequeno e estreito; uma cabeça pequena de cor castanho-chocolate, com uma longa lista branca, que se estende do pescoço até ao ventre – identificam-no facilmente, tanto pousado como em voo. A fêmea, semelhante à de outros patos de superfície, apresenta pormenores – cauda mais comprida e pontiaguda; bico cinzento-escuro, curto e estreito; plumagem castanha finamente desenhada – que uma observação cuidada permite identificar entre as outras espécies.
O habitat desta ave varia um pouco consoante a época do ano, podendo-se observar tanto em charcos de terras altas, pântanos de terras baixas, poças e lagoas como também em estuários abrigados, terras inundadas e lagos próximos.
Visitante excepcional do Hemisfério Norte, a espécie foi registrada em dezembro de 1988 quando oito indivíduos, em plumagem de eclipse, foram encontrados no Arquipélago de Fernando de Noronha, possivelemente oriundos da costa africana. Aparecem excepcionalmente também no Rio de Janeiro.


Anas bahamensis - marreca-toicinho



A marreca-toicinho é facilmente reconhecível pelos lados da cabeça brancos assim como na garganta, pelo canela da cauda pontiaguda e da borda posterior da asa (tanto no macho como na fêmea) e pelo bico azul e base vermelha. Fêmea semelhante ao macho, sendo mais franzina e com a mancha vermelha do bico e o branco das bochechas menos berrante.
Habita os mangues, pequenos lagos e lagoas salinas ou salobras. Incomum em água doce.
Ocorre das Antilhas ao Chile e Argentina, no Brasil ocorre em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.








A marreca-colorada apresenta coloração café claro com estrias pretas. É uma ave muito rústica e resistente. Sua característica física é alterada com a idade e sexo. Mede 45 centímetros.
Ocorre na região sul do Brasil.


Anas discors - marreca-de-asa-azul

A marreca-de-asa-azul mede 38 cm de comprimento. Tem porte avantajado, cabeça grande, sendo a base vermelha no macho e cinza na fêmea. Cabeça e pescoço negros no macho; já as fêmeas são pardacenta-escuras. Tem habilidade de voar. Difere de outros congêneres pelo bico preto e pelas marcas brancas conspícuas na face, especialmente nos machos, porém restritas à base do bico nas fêmeas ou nos machos em plumagem de eclipse. Em voo, exibem espelhoa alares verdes e brancos e as coberteiras das asas em tons cerúleos.
É uma espécie migratória, que se reproduz no Rio Grande do Sul.
Pode aparecer em águas interiores, manguezais, arrozais e pantanais.
Visitante setentrional proveniente da América do Norte, migra entre fevereiro e agosto chegando até o Rio Grande do Sul (em novembro) e Argentina.

A marreca-pardinha mede cerca de 41,5 cm de comprimento, possuindo o corpo pintalgado de marrom, dorso mais escuro, peito salpicado, vértice anegrado, cauda curta e bico azul-acinzentado com base amarelada. Em voo, revela um grande espelho alar branco, verde e ocre, compondo três faixas distintas.
Vivem aos pares ou em pequenos grupos em lagos grandes de águas abertas, estuários de rios e em lagoas interioranas.
É uma espécie de marreca da região meridional da América do Sul. Entre a primavera e o verão, chegam ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina, e no inverno, alcançam o Paraná, o sudeste de São Paulo e o Rio de Janeiro.


A marreca-parda mede 60 cm de comprimento, pesa 550 gramas. Recebeu esse nome em função da coloração parda com manchas escuras que possui. Listras brancas e espaçadas sobre um fundo preto esverdeado na parte inferior da asa, bico amarelo esverdeado com uma banda preta no centro e pés cinzentos, são as suas características. Também tem o costume de andar em bandos. Em sua pluamgem, recorda a marreca-pardinha, mas difere desta pela cauda longa e pontiaguda e por ser maior.
Ocorre em lagoas, banhados, varjões, arrozais e áreas irrigadas.
De acordo com SICK (1997) a marreca-parda(Anas georgica Gmelin 1789) (Anatidae) ocorre desde a Terra do Fogo ao estado de São Paulo e, pelos Andes, até a Colômbia. BELTON (1994) afirma que Anas georgica é uma espécie residente comum no estado do Rio Grande do Sul (ver também BENCKE 2001) 2001) e distribui-se em lagos, açudes e banhados em todo o litoral, na maior parte da porção central e nordeste do Planalto e nos Campos de Cima da Serra. No entanto, de acordo com ANTAS et al. (1996) a população da marreca-parda passa por um período aparente de diminuição do tamanho populacional ou de redução da migração ao sul do Brasil, tornando-se necessárias ações urgentes para a identificação das causas e providências à reversão da atual situação.

Anas platalea - marreca-colhereira

A marreca-colhereira mede 53 cm de comprimento, pesando entre 500 e 600 gramas. O bico é a principal característica da espécie, largo (6 cm), alto e de coloração negra. Apresenta cabeça e pescoço claros, com coloração castanho-acanelada na parte superior das asas. O dorso, o peito e os flancos são densamente manchados de negro. A íris é branca no macho e escura na fêmea.
Vive em lagos, lagunas e estuários de água doce, bem como em estuários salobres e da costa marinha até os 3.500 m de altitude.

É uma espécie endêmica da América do Sul. Sua distribuição geográfica compreende Brasil, Paraguai, Bolívia, Chile, Uruguai e Argentina até o Estreito de Magalhães.

A marreca-oveira vive em lagos, lagoas, pântanos e rios de baixa correnteza. Prefere as águas profunas na maior parte do tempo. Ocupa habitats desde o nível do mar até 1.200 metros de altitude.
É espécie endêmica da América do Sul, encontrado do centro-sul da Argentina e Chile, até a Terra do Fogo. No inverno, migra em direção ao norte, alcançando Uruguai, Paraguai e sul do Brasil. Também está presente nas Ilhas Malvinas.

A marreca-cricri chega a medir até 40 cm de comprimento, com plumagem castanha, carijó, com capuz negro, flancos estriados de alvinegro e bico azul com base amarela.
Vive em lagoas, banhados e pântanos.
Ocorre nos países do Sul da América do Sul, durante o inverno migra até o Rio de Janeiro.

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